Segundo o relatório do Instituto de Segurança Social, ontem divulgado, no último ano houve uma redução de 883 crianças institucionalizadas. A secretária de Estado adjunta e da Reabilitação, Idália Moniz, referiu que o objectivo é de, até ao final da legislatura, desinstitucionalizar 25% das crianças, ou seja, 2840 menores.
A maioria das crianças têm tempo de acolhimento superior a um ano, sendo que apenas 540 menores estavam em lares há menos de três meses. Idália Moniz sublinhou que há cada vez mais crianças a cessar o acolhimento no mesmo ano em que o iniciam. "É um indicador de que está a ser percorrido um caminho para diminuir o tempo de permanência nas instituições de acolhimento", disse.
Além dos maus tratos físicos e abandono, a negligência e a carência sócio-económica são as principais causas para o internamento dos menores. Assim, as falhas no acompanhamento familiar são responsáveis pela entrada de 6137 crianças em lares.
Jovens com mais de 12 anos representam a maioria dos menores acolhidos. As raparigas também estão em maioria: são 5954. Segundo as Listas Nacionais de Adopção, 1674 crianças podem ser adoptadas. Os mesmos dados revelam que em Junho havia 2363 candidatos a pais mas destes 1044 desejam apenas um bebé até aos 36 meses de idade.
Fonte: João Saramago com Lusa
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