De acordo com o documento, a maioria dessas crianças e jovens está em situação de acolhimento há mais de um ano, sendo que 35 por cento dos menores acolhidos nos centros de acolhimento temporário (CAT) têm um tempo de permanência entre um e três anos, quando não deveria ultrapassar os seis meses. Os dados revelam ainda que para 2520 crianças o tempo de permanência nas instituições é de mais de seis anos e para 2003 entre os quatro e seis anos. Apenas 540 crianças estavam há menos de três meses em CAT.
O documento aponta a negligência, abandono, maus-tratos físicos e carência sócio-económica como os principais motivos de acolhimento. A negligência traduz-se principalmente na ausência de acompanhamento familiar, uma situação identificada em 6137 crianças, e de ausência de acompanhamento ao nível da educação, encontrada em 5388 crianças. Os maus-tratos físicos foram verificados em 1758 crianças e jovens e o abandono - entendido como a situação em que a criança fica entregue a si própria - levou ao acolhimento de 1744 menores.
Fonte: Público
Sem comentários:
Enviar um comentário