quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Mais portugueses recorrem ao subsídio de desemprego

«Com a crise internacional a reflectir-se em força em Portugal, aumenta o número daqueles que recorrem à Segurança Social para beneficiar do subsídio de desemprego. O ano de 2008 fechou com um aumento de 3,9% face a 2007, registando-se 262.311 pessoas a auferirem essa prestação.

As estatísticas da Segurança Social mostram que o ano de 2008 fechou com mais 10 mil beneficiários a receber o conjunto de prestações de apoios do que no ano anterior.

Por distritos, foi o Algarve o que mais sentiu a subida do recurso ao subsídio de desemprego, com um crescimento de 31,9%, ocupando Viana do Castelo o segundo lugar com um aumento de 17,8% e Leiria o terceiro com 16,2%.

Bragança, Beja e Vila Real fizeram o contraponto. Nestes distritos continentais, diminuíram os pedidos de subsidio de desemprego, respectivamente com menos 7,8%, 4,6% e 4,1%.

O norte do país é a zona mais atingida por este flagelo social com 96.340 pessoas a receberem apoio da Segurança Social, enquanto a região de Lisboa e Vale do Tejo tem 77.279 prestações e a região centro 53.068.

Se tivermos em atenção o tipo de prestação concedida, chega-se à conclusão de que 70% corresponde a contribuintes com subsídio de desemprego, correspondendo a uma subida de 3,7% relativamente ao ano de 2007.

O "subsídio social de desemprego inicial" – atribuído a ex-trabalhadores em situação de carência socioeconómica sem direito ao subsídio de desemprego –, disparou, por sua vez, 21,5% no período considerado, para 47.979 pessoas.

Em relação ao "subsídio social de desemprego consequente" – concedido aos trabalhadores que tenham esgotado os prazos de concessão do subsídio de desemprego e preencham a condição de recursos exigida para atribuição do subsídio social de desemprego inicial – baixou 12,9%, sendo em finais de 2008 atribuído a 32.956 pessoas.

Por seu turno, o “prolongamento de subsídio social de desemprego" caiu 20,1%, abrangendo 115 beneficiários em 2008.

O subsídio social de desemprego é prolongado até à idade de acesso à pensão de velhice antecipada, se o beneficiário em causa, à data do desemprego tiver idade igual ou superior a 50 anos e à data do prolongamento preencher a condição de recursos exigida para atribuição do subsídio social de desemprego.

Segundos os registos do Instituto Nacional de Estatística, a população portuguesa desempregada no terceiro trimestre de 2008 – últimos dados disponíveis para consulta – era de 433,7 mil pessoas, o que significa que em Setembro de 2008, 59% das pessoas desempregadas recebiam prestações de desemprego.

Em termos médios, segundo as estatísticas da Segurança Social, cada beneficiário recebeu 463,16 euros, mais 1,5 por cento do que em 2007.

As mulheres são o grupo que mais recebeu prestações de desemprego durante o ano de 2008, correspondendo a 143.743 beneficiários.»

Fonte: RTP

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